terça-feira, 15 de setembro de 2015

Indicação: No dia 14 de setembro a Igreja celebra a festa da exaltação da santa cruz

Indicação do texto disponível em: http://cleofas.com.br/o-sinal-da-cruz-3/

O Sinal da Cruz
POR PROF. FELIPE AQUINO

Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.

A liturgia usa muito a linguagem dos sinais, dos gestos e das posições. O primeiro sinal o mais importante e o mais conhecido é o Sinal da Cruz. Já no catecismo da Primeira Comunhão aprendemos que o Sinal da Cruz é o sinal do Cristão, lembra-se?

O Sinal da Cruz é riquíssimo em significado. Por Ele expressamos, anunciamos três verdades ou dogmas fundamentais da nossa religião: o Dogma da Santíssima Trindade, da Encarnação e da Morte de Jesus Cristo. Quando você diz: “em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”, você está proclamando o Mistério da Santíssima Trindade. Quando você leva a testa as pontas do dedo da mão direita aberta, dizendo”: “Em nome do Pai”… você desse com a mão na vertical e toca na altura do estômago continuando: “…e do Filho”, você está indicando o mistério da Encarnação: o Filho de Deus desceu ao ceio da virgem Maria. Depois, levando a mão direita para o ombro esquerdo (e do Espírito…”) você completa a cruz tocando o ombro direito (“…Santo…”), você está indicando a morte de Jesus na Cruz.

Mas, veja bem: Jesus morreu numa cruz e a cruz é formada por uma haste vertical e uma haste horizontal, não é? O sinal da cruz de muita gente parece mais um espanador ou coisa que o valha . o indivíduo dá uma “espanada”, umas “voltinhas” com a mão direita na frente do peito, depois de Ter dado uma apontada com o indicador para cima… mas do que um sinal é um trejeito da Cruz. E depois termina dando um beijinho nos dedos; ou, se quiser, um tapinha na boca. Olhe Cristo não morreu pregado num espanador , mas numa Cruz.

Leia também: Por que fazemos o sinal da Cruz?

Façamos o sinal da cruz com a mão direita aberta, toque a testa com a ponta dos dedos, dizendo: “Em nome do Pai …” desça em linha vertical até a altura do estômago: “…e do Filho…” leve a mão ao ombro esquerdo: “…e do Espírito”…, leve a mão ao ombro direito e conclua: “Santo. Amém”. E não precisa dar o “tapinha na boca” nem beijar os dedos. Devemos sempre através de nosso exemplo de Cristãos autênticos buscar corrigir nossos irmãos que ainda não conhecem e ensiná-los o significado importantíssimo do sinal da cruz, usando-o é claro, o bom senso para não ferir nem magoar ninguém. Sinal este que hoje, muitas vezes, passa despercebido seu verdadeiro significado.

Assista também: O que significa o sinal da Cruz? Por que os cristãos devem fazê-lo?

Persignação

Nós cristãos temos este belo costume de persignar-se, ato ou efeito de benzer-se, fazendo três cruzes com o dedo polegar da mão direita, uma na testa outra na boca e outra no peito. Existe uma piedosa explicação que nos diz que a cruz na testa é para Deus nos livrar dos maus pensamentos; na boca, para nos livrar das más palavras; e, no peito, para nos livrar das más ações. Mas existe um sentindo Litúrgico mais abrangente e expressivo para o verdadeiro cristão autêntico na fé e na boa nova do Evangelho: A cruz na testa, lembra que o Evangelho deve ser entendido, estudado, conhecido; a cruz nos lábios lembra que o evangelho deve ser proclamado, anunciado (missão de todo cristão); e a cruz no peito, à altura do coração, nos indica que oparaentenderecelebraraliturgia evangelho, acima de tudo, deve ser vivido, pregado e testemunhado por todos os que acreditam que Cristo ressuscitou. Também o Cristão que for fazer a proclamação e leitura da Boa Nova, deve fazer a cruz na leitura do Evangelho a ser lido, indicando com isso que cada palavra pronunciada seja um despertar para cada cristão ser luz e sal para o mundo.

O momento em que geralmente fazemos o persignar-se é na liturgia da palavra, quando nos preparamos para ouvir a Palavra de Deus. Devemos com isso também estarmos de Pé, indicando com essa posição, que estamos prontos para seguir, dispostos a marchar com Jesus para onde Ele nos levar.

Fonte: Livro ”Os Sacramentos” – Prof. Felipe Aquino

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Em defesa da Família, da Igreja Católica e dos Cristãos contra a "Parada" e militância LGBT

Face aos lamentáveis acontecimentos ocorridos no último domingo (07/06/2015), na “Parada” em que pessoas se “orgulham” do pecado, e tendo em vista que muitas pessoas que se dizem católicas compartilham na internet alguns textos totalmente contrários à Santa Igreja Católica, escrevo abaixo a tentativa de mostrar que o verdadeiro amigo é aquele que quer para as pessoas o bem maior na eternidade, com a intenção de auxiliar na busca pela verdade e esclarecer alguns pontos importantes.
"Um amigo fiel é uma poderosa proteção: quem o achou, descobriu um tesouro", (Cf. Eclo 6, 14).
Santo Tomás de Aquino esclarece que a caridade é uma amizade e trata de diferenciá-la do amor de concupiscência:
"Segundo Aristóteles, não é qualquer amor que realiza a noção de amizade, mas somente o amor de benevolência, pelo qual queremos bem a quem amamos. Se, porém, não queremos o bem daquilo que amamos e, antes, queremos para nós o bem que há neles, quando, por exemplo, dizemos amar o vinho, ou o cavalo etc., não há amor de amizade, mas um amor de concupiscência." [1]
O querer o bem das pessoas é querer para elas o maior e supremo bem: o Céu.  Além da característica de benevolência (do latim bene volere, "querer bem"), outra característica da amizade é a beneficência (do latim bene facere, "fazer o bem").
A beneficência começa com a pregação da Palavra. "Deus quer que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade" (1 Tm 2, 4).
Sendo assim, devemos lembrar que a Verdade existe e é objetiva, não relativa. A verdade não depende da cabeça das pessoas, do que cada um pensa, como muitos relativizam nos dias de hoje. Ainda que todos digam que o sol é frio, ele continua sendo quente. É importante lembrar também que nós não somos donos da verdade, não sabemos tudo. Mas devemos sempre buscá-la, e a melhor forma de fazê-lo é através da Igreja, una, santa, católica e apostólica, com sua sagrada tradição, sagradas escrituras, com os exemplos de tantos santos, tendo como centro sempre Nosso Senhor Jesus Cristo, que é A Verdade, com a intercessão de Nossa Mãe Maria Santíssima.
Uma amizade verdadeira não apenas concorda com as coisas que são ditas, mas orienta para a busca da verdade que leva à verdadeira felicidade.
Nesta busca pela verdade, algo que muito nos ajuda é um dos diversos esforços que devemos empreender nesta vida: estudar. Não devemos temer os estudos, não devemos temer a verdade, mas sim buscá-la cada vez mais. E quanto mais estudarmos as diversas polêmicas de nossos dias, veremos que mais concordaremos com a pregação da Santa Igreja, com sua moral, sua doutrina, seus riquíssimos ensinamentos ao longo de mais de dois mil anos. Muitas vezes encontramos pessoas que afirmam a famosa frase: “Sou católico, mas...”. Sou católico mas não concordo com isso, sou católico mas não concordo com aquilo, sou católico mas me desagrada aquilo outro. Quando tais discordâncias se referem à doutrina, às matérias de fé relacionadas à salvação das pessoas, e portanto ensinadas pela Igreja de forma infalível, através do Espírito Santo e com a autoridade confiada pelo próprio Senhor Jesus (“tudo o que ligares na Terra será ligado no Céu, tudo que desligares na Terra será desligado no Céu”), corremos o risco de não perceber que estamos, na prática, deixando de ser católicos.
A Igreja, corpo místico de Cristo presente em nossos dias no qual Ele é a cabeça e nós somos os membros, sempre defendeu e defenderá aquilo que é certo para a salvação das pessoas. Sempre defenderá a Verdade, mesmo que incomode a muitos. E é importante lembrar que o objetivo não é incomodar, ainda que isso aconteça, mas objetiva algo muito maior: a felicidade eterna, e não prazeres passageiros. E o tal incômodo sempre ocorre e continuará ocorrendo, visto que estamos no mundo mas não somos do mundo. “Se me perseguiram, também vos hão de perseguir.” (Jo 15, 20).
Quando começamos a estudar muitos dos acontecimentos dos dias atuais, podemos perceber que muitas das coisas que parecem acontecer por acaso, ou como “consequência dos tempos modernos”, tem origens e objetivos bem definidos, e muitas vezes ocorrem de propósito, de caso pensado. É esse o caso, por exemplo, das críticas à família, que vem sendo alvo de muitos ataques ligados à política, ideologias, revolução cultural, entre outros, ainda que muitos desconheçam tais ligações e acabem simplesmente formando uma opinião sem um estudo mais aprofundado, e pior ainda, lutando por tais ideias como quem escolhe um time de futebol para torcer, em muitos casos com um fanatismo que faz jus à comparação, embora tão diferente em grau de importância.
Aproveito a oportunidade para comentar alguns trechos de um texto CONTRÁRIO À FÉ CATÓLICA, disponível em: https://www.facebook.com/ticosantacruz/posts/708277872638189, visto que foi compartilhado na internet por algumas pessoas que conheço e considero, mas que talvez desconheçam alguns pontos importantes. Que as análises abaixo e sugestões para pesquisa e estudo possam ser recebidas não como crítica pessoal, mas sim como tentativa de exercitar a verdadeira amizade, que pensa no bem e busca a verdade.

Alguns de vários trechos do  texto (em vermelho) que devem ser analisados:

1)      HOMENS escreveram um livro, o chamaram de sagrado e fundaram uma religião, que depois por razões políticas e econômicas se partiu em vertentes...
A Igreja não está fundamentada em homens, não é a religião do livro e não se partiu. Está fundamentada em Jesus Cristo, DEUS que se fez homem, cujo corpo místico é a Igreja que se faz presente nos dias de hoje, na qual Cristo é a cabeça e nós somos os membros, igreja que tem as chaves do céu, poder para ligar e desligar no Céu e na Terra, guiada pelo Espírito Santo que a orienta e conduz, e que nos dá a presença substancial de Deus através do preciosíssimo Corpo e Sangue de Cristo, além da graça ministrada através dos sacramentos. A Igreja nos deu as sagradas escrituras, escritas através dos homens mas com a inspiração do Espírito Santo. A bíblia é um manual, um presente de Deus para os homens, e sua interpretação deve estar sempre de acordo com a Sagrada Tradição da Igreja. A fé é fundamentada em Nosso Senhor Jesus Cristo, que se encarnou, não se encadernou. E a Igreja não se partiu. Todos são livres para aceitar e amar a Deus. Mas a Igreja continua UNA, santa, católica e apostólica, e “as portas do inferno jamais prevalecerão sobre ela”.

2)      Quanto às imagens e interpretação da bíblia, vale lembrar que a bíblia tem muitas passagens aparentemente contraditórias, e que portanto a interpretação verdadeira cabe à Igreja Católica, à qual Deus deu autoridade para isso. Por mais que outras interpretações se digam inspiradas por Deus, Deus não pode se contradizer ou mudar os ensinamentos para pessoas diferentes. “Porque Eu sou o Senhor e não mudo” (Malaquias, 3, 6).

3)      Sobre a “intolerância e ódio”, é preciso tomar cuidado ao atribui-los a quem simplesmente é contra a militância LGBT, e ao considerar como “metralhadoras violentas” os que a ela se opõem. São também opostos à militância homossexual não somente os católicos e muitos evangélicos, mas também muitos homossexuais [2].

4)      A respeito da palavra “progressista” é importante saber que geralmente se refere ao marxismo/socialismo/comunismo, que é totalmente contrário à fé católica. Ser comunista ou defender as ideias comunistas é motivo de excomunhão automática (excomunhão latea sentientae) [3], [4], [5]. Os esquerdistas e todos os defensores do politicamente correto estão cada vez mais empenhados em atacar a família, tal prática está diretamente relacionada ao marxismo (ver no final do texto indicações para leitura/estudo a esse respeito) e, no caso de nosso país, ligada também aos interesses do Foro de São Paulo (ver também a indicação sobre este assunto).

5)      O “Sermão dos Católicos” não deve ter em vista “interesse e nem paciência” de quem quer que seja. Deve anunciar o Evangelho, a Verdade, tendo em vista a Vida Eterna e não as “alegrias” passageiras.

6)      “Se os religiosos cuidassem apenas de sues seguidores e deixassem a sociedade LIVRE de suas verdades absolutas para que cada qual pudesse seguir o que lhe fosse conveniente e sincero, metade dessas confusões seriam evitadas.”
A Igreja deve orientar para a Verdade, e não para as conveniências. Como diz a música “Deus Existe”: “não é de conveniências que vive o cristão, sua vivência está naquele que morreu por nós, irmão”. A orientação da Igreja para o Bem pode ser comparada a uma estrada, pavimentada e sinalizada por ela para guiar as pessoas para o Céu. O fato de indicar o caminho não fere a liberdade das pessoas, que tanto podem seguir por esta estrada dirigindo em segurança, quanto podem dirigir pelo acostamento, por fora da estrada, ou ainda caminhar para outras direções.

7)      “os religiosos também precisam PARAR de cagar regras num país LAICO e deixar de se meter na vida, na família e na forma como as pessoas se amam.”
O Estado é LAICO, e não LAICISTA. O termo “laico” vem sendo utilizado para calar os religiosos, quando seu correto entendimento é que seja assegurado o respeito de toda confissão religiosa e o livre exercício das atividades cultuais e espirituais. A esse respeito, consta o seguinte no Compêndio da Doutrina Social da Igreja [6]:
“O princípio da laicidade comporta o respeito de toda confissão religiosa por parte do Estado, «que assegura o livre exercício das atividades cultuais, espirituais, culturais e caritativas das comunidades dos crentes. Numa sociedade pluralista, a laicidade é um lugar de comunicação entre as diferentes tradições espirituais e a nação»[1198]. Infelizmente permanecem ainda, inclusive nas sociedades democráticas, expressões de laicismo intolerante, que hostilizam qualquer forma de relevância política e cultural da fé, procurando desqualificar o empenho social e político dos cristãos, porque se reconhecem nas verdades ensinadas pela Igreja e obedecem ao dever moral de ser coerentes com a própria consciência; chega-se também e mais radicalmente a negar a própria ética natural. Esta negação, que prospecta uma condição de anarquia moral cuja conseqüência é a prepotência do mais forte sobre o mais fraco, não pode ser acolhida por nenhuma forma legítima de pluralismo, porque mina as próprias bases da convivência humana. À luz deste estado de coisas, «a marginalização do Cristianismo não poderia ajudar ao projeto de uma sociedade futura e à concórdia entre os povos; seria, pelo contrário, uma ameaça para os próprios fundamentos espirituais e culturais da civilização»”

8)      Será que ele ficaria ofendido com a sua imagem sendo usada por um transexual crucificado - assim como ele e milhares de outros foram mortos JUSTAMENTE PELA INTOLERÂNCIA da época? 
Em primeiro lugar, é importante lembrar que a Igreja Católica sabe que as causas da homossexualidade são complexas, e respeita, ama e acolhe os homossexuais. Segundo o Catecismo da Igreja Católica [7], no número 2357, “A sua génese psíquica continua em grande parte por explicar”. Mas neste mesmo número 2357 deixa bastante claro que os atos de homossexualidade, ou seja, a “prática homossexual” (não a tendência) é pecado grave: “Apoiando-se na Sagrada Escritura, que os apresenta como depravações graves (Gn 19, 1-29; Rm 1, 24-27; 1 Cor 6, 10; 1 Tm 1, 10), a Tradição sempre declarou que "os atos de homossexualidade são intrinsecamente desordenados" (Congregação para a Doutrina da Fé, Declaração Pessoa Humana, 8). São contrários à lei natural, fecham o ato sexual ao dom da vida, não procedem duma verdadeira complementaridade afetiva sexual, não podem, em caso algum, ser aprovados” (idem). Vale notar também que a doutrina da Igreja sobre a questão da homossexualidade é a mesma ensinada em toda a sua história.
A Igreja orienta seus filhos que trazem a tendência homossexual que resistam à sua “prática”, com a fé e a graça de Deus, e reconhece que a sua luta é árdua: “Um número considerável de homens e de mulheres apresenta tendências homossexuais profundamente enraizadas. Esta inclinação objetivamente desordenada constitui, para a maioria deles, uma provação. Estas pessoas são chamadas a realizar na sua vida a vontade de Deus e, se forem cristãs, a unir ao sacrifício da cruz do Senhor as dificuldades que podem encontrar devido à sua condição” (Cat. 2358).
A prática homossexual também fere o 6º mandamento da Lei de Deus: Não pecar contra a castidade. A única e verdadeira união é aquela que pode ocorrer entre um homem e uma mulher, dentro do sacramento do Matrimônio.  O catecismo afirma no número 2359 que “As pessoas homossexuais são chamadas à castidade. Pelas virtudes do autodomínio, educadoras da liberdade interior, e, às vezes, pelo apoio duma amizade desinteressada, pela oração e pela graça sacramental, podem e devem aproximar-se, gradual e resolutamente, da perfeição cristã”. Pelo próprio 6º mandamento pode-se verificar que não existe preconceito por parte da Igreja com relação aos homossexuais, visto que a castidade é para TODOS.
Outra fonte de pesquisa a respeito deste tema consta no próprio site do Vaticano. Trata-se de um documento da Congregação Para a Doutrina da Fé chamado Considerações sobre os projectos de reconhecimento legal das uniões entre pessoas homossexuais:
http://www.vatican.va/roman_curia/congregations/cfaith/documents/rc_con_cfaith_doc_20030731_homosexual-unions_po.html.
Neste documento consta a seguinte conclusão: “A Igreja ensina que o respeito para com as pessoas homossexuais não pode levar, de modo nenhum, à aprovação do comportamento homossexual ou ao reconhecimento legal das uniões homossexuais. O bem comum exige que as leis reconheçam, favoreçam e protejam a união matrimonial como base da família, célula primária da sociedade. Reconhecer legalmente as uniões homossexuais ou equipará-las ao matrimónio, significaria, não só aprovar um comportamento errado, com a consequência de convertê-lo num modelo para a sociedade actual, mas também ofuscar valores fundamentais que fazem parte do património comum da humanidade. A Igreja não pode abdicar de defender tais valores, para o bem dos homens e de toda a sociedade.”.
Algumas passagens da bíblia também esclarecem sobre este assunto:

Lev 18, 22-25:
22. Não te deitarás com um homem, como se fosse mulher: isso é uma abominação.
23. Não terás comércio com um animal, para te contaminares com ele. Uma mulher não se prostituirá a um animal: isso é uma abominação.
24. Não vos contamineis com nenhuma dessas coisas, porque é assim que se contaminaram as nações que vou expulsar diante de vós.
25. A terra está contaminada; punirei suas iniquidades e a terra vomitará seus habitantes.

Lev 20, 13:
13. Se um homem dormir com outro homem, como se fosse mulher, ambos cometerão uma coisa abominável. Serão punidos de morte e levarão a sua culpa.

Rm 1, 24-32:
24. Por isso, Deus os entregou aos desejos dos seus corações, à imundície, de modo que desonraram entre si os próprios corpos.
25. Trocaram a verdade de Deus pela mentira, e adoraram e serviram à criatura em vez do Criador, que é bendito pelos séculos. Amém!
26. Por isso, Deus os entregou a paixões vergonhosas: as suas mulheres mudaram as relações naturais em relações contra a natureza.
27. Do mesmo modo também os homens, deixando o uso natural da mulher, arderam em desejos uns para com os outros, cometendo homens com homens a torpeza, e recebendo em seus corpos a paga devida ao seu desvario.
28. Como não se preocupassem em adquirir o conhecimento de Deus, Deus entregou-os aos sentimentos depravados, e daí o seu procedimento indigno.
29. São repletos de toda espécie de malícia, perversidade, cobiça, maldade; cheios de inveja, homicídio, contenda, engano, malignidade.
30. São difamadores, caluniadores, inimigos de Deus, insolentes, soberbos, altivos, inventores de maldades, rebeldes contra os pais.
31. São insensatos, desleais, sem coração, sem misericórdia.
32. Apesar de conhecerem o justo decreto de Deus que considera dignos de morte aqueles que fazem tais coisas, não somente as praticam, como também aplaudem os que as cometem.

1 Cor 6, 9-10:
“9. Acaso não sabeis que os injustos não hão de possuir o Reino de Deus? Não vos enganeis: nem os impuros, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os devassos,
10. nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os difamadores, nem os assaltantes hão de possuir o Reino de Deus.”

1 Tm 1, 8-11:
8. Sabemos que a lei é boa, contanto que se faça dela uso legítimo,
9. e se tenha em conta que a lei não foi feita para o justo, mas para os transgressores e os rebeldes, para os ímpios e os pecadores, para os irreligiosos e os profanadores, para os que ultrajam pai e mãe, os homicidas,
10. os impudicos, os infames, os traficantes de homens, os mentirosos, os perjuros e tudo o que se opõe à sã doutrina
11. e ao Evangelho glorioso de Deus bendito, que me foi confiado.

Dito isto, pode-se verificar que os atos mencionados são considerados sim ofensa, bem como se enquadram nas descrições de blasfêmia contidas no Catecismo da Igreja Católica [8]:
“2146. O segundo mandamento proíbe o abuso do nome de Deus, isto é, todo o uso inconveniente do nome de Deus, de Jesus Cristo, da Virgem Maria e de todos os santos.
2147. As promessas feitas a outrem, em nome de Deus, comprometem a honra, a fidelidade, a veracidade e a autoridade divinas. Devem ser respeitadas por justiça. Ser-lhes infiel é abusar do nome de Deus e, de certo modo, fazer de Deus um mentiroso (72)
2148. A blasfémia opõe-se directamente ao segundo mandamento. Consiste em proferir contra Deus – interior ou exteriormente – palavras de ódio, de censura, de desafio; dizer mal de Deus; faltar-Lhe ao respeito nas conversas; abusar do nome d'Ele. São Tiago reprova aqueles «que blasfemam o bom nome [de Jesus] que sobre eles foi invocado» (Tg 2, 7). A proibição da blasfémia estende-se às palavras contra a Igreja de Cristo, contra os santos, contra as coisas sagradas. É também blasfematório recorrer ao nome de Deus para justificar práticas criminosas, reduzir povos à escravidão, torturar ou condenar à morte. O abuso do nome de Deus para cometer um crime provoca a rejeição da religião.

A blasfémia é contrária ao respeito devido a Deus e ao seu santo nome. É, em si mesma, pecado grave (73).”

9)      Jesus Cristo se sentiria mais ofendido em ver pessoas usando o nome dele para pregar ódio e perseguição, do que pelo fato de alguém estar usando a imagem de sua crucificação que foi causada justamente pela intolerância, para mostrar que estamos chegando a níveis perigosos de falta de amor.
O mundo tem pintado a igreja como INTOLERANTE, de forma que apenas se os católicos cedessem à mentalidade RELATIVISTA é que aprenderiam o que é misericórdia. Num passe de mágica, o mundo parece se tornar mais misericordioso do que a Igreja. Trata-se de uma tentativa de relativizar e inverter as coisas, com o objetivo de atacar a Igreja e a Família. A verdadeira MISERICÓRDIA deve ser Afetiva (ter compaixão), Efetiva (fazer algo, não apenas sentir compaixão e ficar de braços cruzados) e ter RETA RAZÃO. Por exemplo, analisemos o caso hipotético de uma mãe de um jovem que está tentando sair das drogas, que passou por uma clínica de recuperação e agora voltou para a casa de sua mãe. Quando o jovem tiver uma crise de abstinência e a mãe sentir MISERICÓRDIA para com esse seu filho, ela pode ser afetiva por ter compaixão de seu estado, efetiva em sair de casa para fazer alguma coisa, mas se ela não agir com a RETA RAZÃO e, por exemplo, ir numa boca de fumo, comprar droga e dar ao filho, neste caso ela não agiu com verdadeira MISERICÓRDIA. A verdadeira MISERICÓRDIA é o que a verdadeira Igreja faz e prega, tendo em vista a FELICIDADE ETERNA de TODAS as pessoas.
Ainda sobre a intolerância, cabe ressaltar que os verdadeiros intolerantes são os que não respeitam o próximo e atacam as famílias e pessoas de bem de formas desonrosas [9], tentando impor à sociedade ideologias contra a reta moral e valores cristãos. Além da militância LGBT, um outro exemplo é a tentativa de imposição da ideologia de gênero (indicações de estudo a esse respeito no final deste texto).

10)  Mas compreendo o choque dos cristãos tradicionais com a foto, assim como entendo o objetivo de quem se propôs a fazer tal chamado.
A verdade é que tem mais gente interessada em colocar lenha na fogueira do que entender que não resolveremos NADA enquanto não formos capazes de respeitarmos os espaços de cada um.


Se fala tanto em respeito…
Mas é artigo em falta no mercado de modo geral, principalmente por parte de quem tem como ícone um homem que pregou o AMOR acima de tudo e ai a resposta vem pesada.”
Sobre o respeito, devemos respeitar primeiramente a Deus, respeitar as pessoas, mas respeitar também a verdade, lembrando que convém obedecer antes à Deus que aos homens. Segue abaixo das referências algumas sugestões para estudo.


Sugestões para ESTUDO:
Sobre a MISERICÓRDIA:
Sobre marxismo e revolução:
Sobre o Foro de São Paulo:
Sobre a militância LGBT:
Sobre os números gayzistas:
Sobre as tentativas de destruir a FAMÍLIA:
Sobre a ideologia de gênero:



sexta-feira, 15 de maio de 2015

Frases para refletir - 6

“Deus reuniu todas as águas e deu o nome de mar; reuniu todas as graças e deu o nome de Maria.”

São Luís Maria Grignion de Montfort (1673 – 1716), sacerdote católico francês.

Indicação: Ativistas exploram abuso de menor para legalizar aborto no Paraguai

Indicação do texto "Ativistas exploram abuso de menor para legalizar aborto no Paraguai", disponível em: https://padrepauloricardo.org/blog/ativistas-exploram-abuso-de-menor-para-legalizar-aborto-no-paraguai (Blog Pe. Paulo Ricardo - Por Andrea Radil, tradução Equipe Christo Nihil Praeponere) e transcrito após o comentário a seguir.

   O texto aborda de maneira clara e coerente a defesa da Vida, valiosíssima em si mesma e que deve ser preservada em qualquer situação. Mesmo em casos de tragédias como o estupro, o mal não se combate com o mal, mas com o bem. Neste tipo de situação, tanto a mãe quanto a criança em seu ventre são as vítimas, sendo esta última a mais inocente e indefesa. A solução não é contribuir para com a cultura da morte, mas sim escolher sempre a Vida. E por parte dos governos, o caminho é, além de garantir plenamente o direito de todos à Vida, proteger e fortalecer a família. A verdadeira família, formada por um pai e uma mãe unidos em uma só carne pelo sacramento do Matrimônio, amada por Deus a ponto do próprio Jesus ter querido viver em uma de forma a nos deixar o exemplo, é coluna insubstituível e fundação da sociedade. O caso relatado neste texto indicado é justamente o retrato da disfunção familiar, e a solução para a injustiça não é outra injustiça. Como afirma a última frase do próprio texto, "Não importa o quanto me enfureça um prato quebrado, nunca acharei que a solução seja destruir o resto da porcelana".


ATIVISTAS EXPLORAM ABUSO DE MENOR PARA LEGALIZAR ABORTO NO PARAGUAI

"Menina de 10 anos grávida por estupro no Paraguai": uma manchete assim, sem dúvidas, é de chocar e paralisar qualquer um. Como mãe de uma menina de 12 anos que vive no Paraguai, não posso sequer começar a imaginar o que sentiria em meu coração se algo desse tipo acontecesse a minha filha.

Há alguns dias atrás, a mídia no Paraguai reportou justamente essa manchete. Uma garota de 10 anos foi levada à unidade de emergência de um hospital em Assunção, reclamando de dores abdominais e de um inexplicável crescimento no tamanho de sua barriga. Depois de vários testes, os médicos chegaram a uma conclusão: a menina estava grávida.

Em 2014, a mãe da garota havia denunciado o homem com quem vivia para a polícia, acusando-o de molestar a sua filha, que, então, tinha nove anos de idade. A polícia começou a investigar o caso, mas a mãe logo retirou a acusação, assegurando à polícia que tudo não passava de um mal-entendido. A mãe continuou a viver com o homem, e agora, um ano depois, sua filha pequena está grávida de 23 meses. Acredita-se que a menina era sujeita a abusos constantes e que sua mãe sabia, ou pelo menos suspeitava o que estava acontecendo.

Neste caso terrível, há duas vítimas e vários culpados. Obviamente, as vítimas são a jovem garota e o seu bebê. Tenho sentimentos divididos em relação à mãe da garota pequena. Como mulher, não colocaria toda a culpa sobre a mãe da menina, pois estou convencida de que a violência experimentada pela garota provavelmente também foi sofrida e temida por sua mãe. Contudo, como mãe que sou, também sei que lutaria com unhas e dentes contra qualquer um que tentasse ferir algum dos meus filhos. Daria alegremente a minha vida para defendê-los.

Não se pode desculpar as ações ou, neste caso, a omissão de uma mãe que fracassou em proteger a sua filha – e a mãe agora se encontra presa por sua cumplicidade no abuso. A polícia afirmou que por mais de um ano a mãe da garota sabia que sua filha era abusada por seu parceiro, mas deixou que isso continuasse.

Neste ínterim, o principal criminoso, o homem que estuprou e engravidou a menina de 10 anos, está foragido, tendo se escondido desde o momento em que o caso se tornou público.

Diante de tragédias desse gênero, no entanto, nossa sociedade é obrigada a lidar com uma situação mais comum do que se pode imaginar. De acordo com o Ministro da Saúde do Paraguai, em 2014, houve 684 casos de gravidez em garotas entre 10 e 14 anos. Essa estatística deixa entrever a magnitude do problema.

Agora, o que deve ser feito com a jovem menina grávida?

A Anistia Internacional está usando este caso para pedir a legalização do aborto. A organização montou um lobby intenso para pressionar o governo paraguaio a abortar a criança com 27 semanas de vida. Estão apelando para a chamada "interrupção legal da gravidez", com vistas a proteger a saúde da jovem menina.

Os advogados dessa campanha repetem o mantra de que o Estado deve agir "o mais rápido possível para proteger todos os direitos humanos das mulheres, começando com o direito à vida, à saúde e à integridade física e psicológica, a curto, médio e longo prazo". Eles dizem defender o "direito à escolha".

Eu me pergunto se os ativistas da Anistia Internacional estão realmente preocupados com a jovem garota. Porque, aparentemente, o que eles estão realmente fazendo é usar a menina, usar a sua trágica circunstância, para fazer avançar a sua própria agenda.

Será que eles não percebem que o que estão propondo como solução é simplesmente cometer uma outra injustiça? Que dois erros não fazem um acerto? Que aquela que estão punindo com a morte é a mais indefesa e inocente das partes envolvidas?

O art. 4º da Constituição da República do Paraguai é claro em afirmar que o Estado deve proteger a vida desde o momento da concepção ("El derecho a la vida es inherente a la persona humana. Se garantiza su protección, en general, desde la concepción."). Neste caso, seja a garota de 10 anos que foi abusada, seja o bebê que ela carrega em seu ventre, ambas têm o direito de demandar que o Estado aja para proteger as suas vidas. Ambas devem ter acesso a todos os esforços médicos necessários para atendê-las; ambas são vítimas e merecem todo o suporte da sociedade e do Estado.

O valor de uma vida não é definido pela sua idade, por seu estágio de desenvolvimento ou pelas circunstâncias sob as quais foi concebida. Toda vida é valiosa em si mesma. As autoridades têm a obrigação moral e o dever constitucional de proteger ambas as crianças e dar a elas o cuidado necessário para salvar as suas vidas.

Ainda que a Anistia Internacional afirme que o aborto seja necessário para salvar a vida e a saúde da jovem criança, no momento, felizmente, a sua vida não se encontra em risco. A médica que a está acompanhando, Dolores Castellanos, confirmou que a gravidez está se desenvolvendo sem afetar a saúde do bebê ou da pequena garota. No entanto, a propaganda midiática em torno do caso insiste que a jovem irá morrer se chegar ao final da gestação.

Para o seu maior crédito, o governo tem sido cauteloso e equilibrado. O Ministro da Saúde, Antonio Barrios, não sucumbiu à pressão do lobby internacional pró-aborto. Ele afirmou que o governo tomou medidas estritas para proteger a criança e o bebê.

Além disso, várias organizações sem fins lucrativos e outras instituições do Paraguai se apressaram em oferecer ajuda com assistência integral, como aconselhamento, suporte material e financeiro a curto e longo prazo, e apoio contínuo, levando em consideração – o que é o mais importante – a vida de ambas as crianças, a jovem mãe e o seu bebê. Já outros, como a Anistia Internacional, não oferecem assistência às vítimas, mas, ao contrário, apenas tiram proveito da situação, tentando estabelecer um precedente para a legalização do aborto, a fim de criar leis que violem o direito à vida.

Se, por um lado, é louvável o cuidado integral e generoso pela jovem garota e sua filha, por outro, trata-se apenas de apagar um fogo que infelizmente se acenderá de novo no futuro. Mais deve ser feito para atingir as raízes da tragédia com que essa garota e outras tantas crianças têm que lidar.

Ao invés do aborto, é hora do governo sancionar soluções efetivas para o abuso infantil. Que ele legisle para promover campanhas de combate a esse problema, em primeiro lugar, e que promova uma cultura de apreço e cuidado pelas crianças – ao invés de criar uma sociedade ainda mais insensível e que tolere o assassinato de crianças como solução. Há que se proteger todas as crianças, nascidas e não nascidas, porque são o rosto futuro da sociedade.

Mas, acima de tudo, urge compreender que a melhor resposta para o abuso infantil sempre esteve bem à frente dos nossos olhos. É uma solução tão óbvia que chega a ser inacreditável que tantos "especialistas" não a tenham enxergado: é preciso fortalecer a família encabeçada por um pai e uma mãe. A família é a mais básica organização sem fins lucrativos, e aquela que mais visa o bem comum. É focada na saúde do indivíduo e é a única verdadeira fundação da sociedade.

A pequena garota hoje grávida vem de uma família que é o retrato da disfunção familiar. A mãe, que tinha um emprego de baixa renda, tinha três filhos de três diferentes pais: um de 13 anos, a pequena menina de 10 que está grávida, e um menino de 8 anos. Importa, pois, atacar as raízes profundas do problema.

Não há melhor investimento para o governo do que fortalecer, proteger e promover o casamento e a família como coluna social insubstituível, especialmente quando há jovens crianças envolvidas nisso. A sociedade como um todo deve abraçar uma cultura que reconheça e valorize a família e todos os seus membros como um tesouro a ser cuidado e preservado.

Isso por que essa pequena garota e outras como ela passaram é algo impossível de apagar. Foi roubada delas a inocência da infância. O abuso ao qual ela foi sujeita deixará uma marca permanente em sua memória e em sua alma. Isso requer o nosso suporte e a nossa ajuda. Mas pensar que matar o bebê em seu ventre vai ajudá-la de alguma forma é um erro grave. Isso não vai amenizar, ao contrário, só vai aumentar o estrago causado por essa experiência. Violência não pode ser apagada com mais violência.

Como minha avó me dizia: "Não importa o quanto me enfureça um prato quebrado, nunca acharei que a solução seja destruir o resto da porcelana."

Por Andrea Radil | Tradução: Equipe CNP

Indicação: Carta aberta de cientistas ao Papa: a crise de aquecimento global não existe!

Indicação do texto "Carta aberta de cientistas ao Papa: a crise de aquecimento global não existe!", disponível em http://ipco.org.br/ipco/noticias/carta-aberta-de-cientistas-ao-papa-a-crise-de-aquecimento-global-nao-existe (Instituto Plínio Corrêa de Oliveira).

   Os modelos informáticos exageram muito e de forma tendenciosa a respeito do efeito de aquecimento do dióxido de carbono. Estão errados e não fornecem base para prever um perigoso aquecimento global provocado pelo homem, tampouco justificam tentativas de restringir o uso de combustíveis fósseis ou de quaisquer outros meios.
   O dióxido de carbono na atmosfera, além de não provocar tanto aquecimento, é benéfico para a vida das plantas. Os combustíveis fósseis contribuem para tirar os homens da situação de pobreza.
   Além destas e outras informações, o texto aborda também o fato de que o homem foi criado por Deus à sua imagem e semelhança e deve exercer o domínio sobre a natureza, conforme Gênesis 1, 28. O homem não é o flagelo do planeta, mas a obra-prima da criação. Não é o problema, e sim a solução.

Indicação: Re-conhecendo as primeiras letras

Indicação do texto "Re-conhecendo as primeiras letras", disponível em: http://www.andiracomunicacao.com.br/blog/re-conhecendo-as-primeiras-letras/ (Camila Hochmüller Abadie).

   Texto de Camila H. Abadie sobre as fábulas (que na definição de G. K. Chesterton "são o alfabeto da humanidade"), os contos de fadas (que de acordo com Albert Einstein contribuem para tornar nosso filhos mais inteligentes pois "requerem uma mente atenta aos detalhes, muito ativa na resolução dos problemas, capaz de viajar pelos corredores da adivinhação e na busca dos significados") e sobre tantos aspectos essenciais e muitas vezes sonegados na formação das pessoas na atualidade. Excelente abordagem sobre a importância dos clássicos, com menções a escritores importantíssimos que ao longo dos séculos compõem a trilha de nossa civilização ocidental, a qual somo todos chamados a conhecer e desfrutar como herdeiros de tão valioso patrimônio. 

Indicação: Eis o Cordeiro de Deus

Indicação do texto "Eis o Cordeiro de Deus", disponível em: https://padrepauloricardo.org/blog/eis-o-cordeiro-de-deus (Por Equipe Christo Nihil Praeponere - Blog Padre Paulo Ricardo)

Agradeço ao Padre Paulo Ricardo por tão maravilhosos ensinamentos, bem como à toda sua equipe pelo excelente trabalho e por gentilmente autorizar a divulgação de seus textos completos neste blog. Que Deus continue os abençoando agora e sempre!

Eis o Cordeiro de Deus

Das famosas dez pragas do Egito, a mais importante de todas foi, sem dúvida, a última, não só porque representou o maior de todos os castigos infligidos aos egípcios (cf. Ex 11, 6), mas também porque foi o estopim para a libertação definitiva de todo o povo de Israel. Depois de rãs, mosquitos, tumores e gafanhotos, um anjo exterminador foi enviado às terras do Faraó para matar os primogênitos de todos os egípcios e de todos os seus animais.
Tudo isso foi realizado para que o povo de Deus, liderado por Moisés, fosse retirado da escravidão. De fato, o coração duro do Faraó só permitiu que os israelitas partissem do Egito depois que o seu próprio filho, o herdeiro de seu trono, teve a vida ceifada pelo anjo da morte. Naquele dia, instituiu-se a festa da páscoa: à "passagem" de Deus, o Egito ficou banhado de sangue, enquanto os judeus foram preservados do extermínio.
Na ocasião, o que salvou o povo hebreu? Ficou determinado que todas as famílias de Israel deviam, no décimo quarto dia daquele mês, imolar um cordeiro "sem defeito", tomar o seu sangue e untar os umbrais de suas portas. À vista disso, o anjo da morte não entraria em suas casas. "Quando o Senhor passar pelo Egito para castigá-lo, e reparar o sangue sobre a moldura das portas, passará por vossas portas e não permitirá que o Exterminador entre em vossas casas para causar dano" (Ex 12, 23). De fato, pelo sangue dos cordeiros, os israelitas foram preservados da morte.
Para entender plenamente essa história, é preciso recorrer ao juízo da Igreja, a quem Cristo deu o poder das chaves (cf. Mt 18, 18; Lc 10, 16) e o encargo de interpretar corretamente as Escrituras. Certos trechos da Bíblia, de fato – e a história contada acima é um exemplo –, aparentam não ter nada a ver com o que vivem os homens de hoje e parecem não ter nenhum ensinamento a oferecer à modernidade. O extermínio dos egípcios apontado pelo livro do Êxodo, então, poderia muito bem ser enquadrado naquela denominação de "páginas 'obscuras' da Bíblia", usada pelo Papa Bento XVI [1]. Como entender que Deus estenda a mão sobre o Egito e mate todos os seus primogênitos em uma só noite?
À pergunta provocadora, urge responder com a única chave interpretativa de toda a revelação divina: "o Evangelho e o mandamento novo de Jesus Cristo realizado no mistério pascal" [2]. Nas palavras de Hugo de São Vítor, "toda a Escritura divina constitui um único livro e este único livro é Cristo, fala de Cristo e encontra em Cristo a sua realização" [3]. As pragas do Egito e o sangue que quebrou os grilhões dos israelitas carregam o seu próprio significado [4], mas constituem, sobretudo, um sinal daquilo que estava por vir, uma figura que aponta para "o cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo" (Jo 1, 29).
À páscoa judaica se segue, então, a Páscoa por excelência. O sangue dos cordeiros, incapaz de "eliminar os pecados" (Hb 10, 4), é substituído pelo verdadeiro Cordeiro, indefectível, que, "depois de ter oferecido um sacrifício único pelos pecados (...), levou à perfeição definitiva os que são por ele santificados" (Hb 10, 12.14). A liberdade agora conquistada não é simplesmente o fim de uma escravidão física; é a destruição do pecado, que escraviza o espírito. A morte agora vencida não é mais a morte deste corpo terreno e passageiro, consequência inevitável de sermos filhos de Adão; é a morte definitiva, que precipita a alma na desgraça e na escravidão eternas. Foi para esta liberdade que Cristo nos libertou (cf. Gl 5, 1), derramando voluntariamente o Seu próprio sangue (cf. Jo 10, 18) e untando as portas da nossa alma com o sacramento do Batismo.
Para elevar ainda mais à perfeição a analogia do cordeiro, porém, Ele não só foi imolado verdadeiramente, mas deu-se como alimento para todos os que vivem a Sua vida. Os que comiam o cordeiro da antiga páscoa com os ázimos (cf. Ex 12, 8) estavam livres da praga exterminadora, mas presos ainda aos grilhões da morte. "Os vossos pais comeram o maná no deserto e, no entanto, morreram. Aqui está o pão que desce do céu, para que não morra quem dele comer" (Jo 6, 49-50). Mas, como se dá isso? Como acontece que quem come e bebe do Corpo e Sangue do Senhor vivam para sempre?
Santo Tomás de Aquino, comentando a passagem de Jo 6, 54: "Se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós", explica que a realidade do sacramento da Eucaristia "é a unidade do corpo místico, sem a qual não pode haver salvação, porque ninguém tem acesso à salvação fora da Igreja, como tampouco no dilúvio houve salvação fora da arca de Noé" [4]. Ou seja, a Eucaristia nos salva porque nos incorpora à Igreja, que é o corpo místico de Cristo. O antigo povo de Deus estava limitado a uma raça, à comunidade dos judeus; o povo da Nova Aliança é a santa Igreja, a assembleia de homens e mulheres, de todas as raças, povos e nações, que têm em comum a comunhão no Corpo e Sangue do Cordeiro.
"Ecce Agnus Dei, ecce, qui tollit peccáta mundi – Eis o Cordeiro de Deus, eis o que tira os pecados do mundo", repetem os sacerdotes em todas as Missas. E a Igreja canta a Deus a sua ação de graças: porque "Cristo amou a Igreja e se entregou por ela"; porque "quis apresentá-la a si mesmo toda bela, sem mancha nem ruga ou qualquer reparo, mas santa esem defeito" (Ef 5, 26-27); porque é ela, agora, unida à sua cabeça, que deve oferecer o seu sacrifício; porque somos nós, agora, que devemos completar em nossa carne o que falta à paixão de Nosso Senhor (cf. Cl 1, 24). "Eu vos exorto, irmãos, pela misericórdia de Deus, a oferecerdes vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus: este é o vosso verdadeiro culto" (Rm 12, 1).

Por Equipe Christo Nihil Praeponere

Referências
1. Cf. Exortação Apostólica Verbum Domini (30 de setembro de 2010), 42.
2. Idem.
3. De arca Noe, 2, 8 (PL 176, 642 C-D).
4. Cf. BETTENCOURT, Dom Estêvão. Para entender o Antigo Testamento. Agir: Rio de Janeiro, 1956. pp. 205s
5. Suma Teológica, III, q. 73, a. 3.

domingo, 10 de maio de 2015

Frases para refletir - 5

"Quem procura a verdade procura Deus, ainda que não o saiba".

Santa Edith Stein (1891 – 1942), irmã carmelita que morreu no campo de extermínio de Auschwitz-Birkenau, canonizada em 1998 pelo papa São João Paulo II.

Indicação: Santa Maria, Mãe de Deus

Indicação de texto disponível em: http://cleofas.com.br/santa-maria-mae-de-deus/ (Prof. Felipe Aquino; Fonte:  www.veritatis.com.br – Por Alessandro Lima)

SANTA MARIA MÃE DE DEUS

O título “Théotokos” (Mãe de Deus) foi dado à Maria durante o Concílio de Éfeso (431), na Ásia Menor. A heresia de negar a maternidade divina de Nossa Senhora é muito anterior aos protestantes. Ela nasceu com Nestório, então Bispo de Constantinopla. Os protestantes retomaram esta heresia já sepultada pela Igreja de Cristo. Este é um problema de Cristologia e não de Mariologia. Vamos demonstrar através dos exemplos abaixo a autencidade da doutrina católica.

Maria é Mãe de Deus, porque é Mãe de Jesus que é Deus.

Se perguntarmos a alguém se ele e filho de sua mãe, se esta verdadeiramente for a mãe dele, de certo nos lançará um olhar de espanto. E teria razão. O homem como sabemos é composto de corpo, alma e espírito. A minha mãe me deu meu corpo, a parte material deste conjunto trinitário que eu sou; sendo minha alma e espírito dados por Deus. E minha mãe que me deu a luz não é verdadeiramente minha mãe?

Apliquemos, agora, estas noções de bom senso ao caso da Maternidade divina de Nossa Senhora. Há em Nosso Senhor Jesus Cristo duas naturezas: a humana e a divina, constituindo uma só pessoa, a pessoa de Jesus. Nossa Santa Mãe é mãe desta pessoa, dando a ela somente a parte material, como nossa mãe também o faz. O Espírito e Alma de Cristo também vieram de Deus. Nossa mãe não é mãe do nosso corpo, mas mãe de nossa pessoa. Assim também Maria é Mãe de Cristo. Ela não é a Mae da Divindade ou da Trindade, mas é mãe de Cristo a segunda pessoa da Santíssima Trindade, que também é Deus. Sendo Jesus Deus, Maria é Mãe de Deus.

Basta um pequeno raciocínio para reconhecer como necessária a maternidade Divina da Santíssima Virgem. Nosso Senhor morreu como homem na Cruz (pois Deus não morre), mas nos redimiu como Deus, pelos seus méritos infinitos. Ora, a natureza humana de Nosso Senhor e a natureza divina não podem ser separadas, pois a Redenção não existiria se Nosso Senhor tivesse morrido apenas como homem. Logo, Nossa Santa Mãe, Mãe de Nosso Senhor, mesmo não sendo mãe da divindade é Mãe de Deus, pois Nosso Senhor é Deus. Se negarmos a maternidade de Nossa Senhora, negaremos a redenção do gênero humano.

A negação da Maternidade divina de Nossa Senhora é uma negação à Verdade, uma negação ao ensino dos Apóstolos de Cristo.

Provas da Sagrada Escritura

A Igreja Católica sendo a única Igreja Fundada por Cristo, confirmada pelos Apóstolos e seus legítimos sucessores; sendo Ela a escritora, legitimadora e guardiã da Bíblia, jamais poderia ensinar algo que estivesse contra o Ensino da Bíblia.

Vejamos o que a Sagrada Escritura ensina sobre a Maternidade Divina de Nossa Senhora:

O profeta Isaías escreveu: “Portanto, o mesmo Senhor vos dará um sinal: eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel [Deus conosco].” (Is 7,14). Claramente o profeta declara que o filho da virgem será divino, portanto a maternidade da virgem também é divina, o que a faz ser Mãe de Deus.

O Arcanjo Gabriel disse: “O Santo que há de nascer de ti será chamado Filho de Deus” (Lc 1,35). Se ele é filho de Deus, ele também é Deus e Maria é sua Mãe, portanto Mãe de Deus. Isaías também escreveu o mesmo em Is 7,14.

Cheia do Espírito Santo, Santa Izabel saudou Maria dizendo: “Donde a mim esta dita de que a mãe do meu Senhor venha ter comigo”? (Lc 1,43) E Mãe de meu Senhor quer dizer Mãe do meu Deus, portanto Mãe de Deus.

São Paulo ainda escreveu: “Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei.” (Gl. 4,4). São Paulo claramente afirma que uma mulher foi a Mãe do filho de Deus, portanto Mãe de Deus.

Tendo a Sagrada Escritura seu berço na Igreja – portanto sendo menor que Ela – , vemos como está de acordo com o ensino da mesma.

A Doutrina dos Santos Padres

Será que os Apóstolos de Cristo concordavam com a Maternidade Divina de Nossa Senhora? Pois segundo os protestantes, a Igreja Católica inventou a maternidade divina de Maria no séc V durante o Concílio de Éfeso.

Vejamos o que diz o Apóstolo Santo André: “Maria é Mãe de Deus, resplandecente de tanta pureza, e radiante de tanta beleza, que, abaixo de Deus, é impossível imaginar maior, na terra ou no céu”. (Sto Andreas Apost. in trasitu B. V., apud Amad.)

Veja agora o testemunho de São João Apóstolo: “Maria, é verdadeiramente Mãe de Deus, pois concebeu e gerou um verdadeiro Deus, deu a luz, não um simples homem como as outras mães, mas Deus unido a carne humana.” (S. João Apost. Ibid)

São Tiago: “Maria é Santíssima, a Imaculada, a gloriosíssima Mãe de Deus” (S. Jac. in Liturgia)

São Dionísio Areopagita: “Maria é feita Mãe de Deus, para a salvação dos infelizes.” (S. Dion. in revel. S. Brigit.)

Orígenes escreveu: “Maria é Mãe de Deus, unigênito do Rei e criador de tudo o que existe” (Orig. Hom I, in divers. – Sec. II)

Santo Atanásio diz: “Maria é Mãe de Deus, completamente intacta e impoluta.” (Sto. Ath. Or. in pur. B.V.)

Santo Efrém: “Maria é Mãe de Deus sem culpa” (S. Ephre. in Thren. B.V.).

São Jerônimo: “Maria é verdadeiramente Mãe de Deus”. (S. Jerôn. in Serm. Ass. B.V.).

Santo Agostinho: “Maria é Mãe de Deus, feita pela mão de Deus”. (S. Agost. in orat. ad heres.).

Todos os Santos Padres afirmaram em amor e veneração a maternidade divina por Nossa Senhora. Me cansaria em citar todos os testemunhos primitivos.

Agora uma surpresa para os protestantes. Lutero e Calvino sempre veneraram a Santíssima Virgem. Veja abaixo a testemunho dos pais da Reforma:

“Quem são todas as mulheres, servos, senhores, príncipes, reis monarcas da Terra, comparados com a Virgem Maria que, nascida de descendência real (descendente do rei Davi) é, além disso, Mãe de Deus, a mulher mais sublime da Terra? Ela é, na cristandade inteira, o mais nobre tesouro depois de Cristo, a quem nunca poderemos exaltar o suficiente, a mais nobre imperatriz e rainha, exaltada e bendita acima de toda a nobreza, com sabedoria e santidade.” (Martinho Lutero no comentário do Magnificat – cf. escritora evangélica M. Basilea Schlink, revista Jesus vive e é o Senhor).

“Não há honra, nem beatitude, que se aproxime sequer, por sua elevação, da incomparável prerrogativa, superior a todas as outras, de ser a única pessoa humana que teve um Filho em comum com o Pai Celeste” (Martinho Lutero – Deutsche Schriften, 14,250).

“Não podemos reconhecer as bênçãos que nos trouxe Jesus, sem reconhecer ao mesmo tempo quão imensamente Deus honrou e enriqueceu Maria, ao escolhê-la para Mãe de Deus.” (Calvino – Comm. Sur I’Harm. Evang., 20)

A negação da Maternidade divina de Nossa Senhora é uma negação à Verdade, é negar a Divindade de Cristo, é negar o ensino dos Apóstolos de Cristo.

O Concílio Ecumênico de Éfeso

Quando o heresiarca Ario divulgou o seu erro, negando a divindade da pessoa de Jesus Cristo, a Providência Divina fez aparecer o intrépido Santo Atanásio para confundi-lo, assim como fez surgir Santo Agostinho para suplantar o herege Pelágio, e São Cirilo de Alexandria para refutar os erros de Nestório, que haviam semeado a perturbação e a indignação no Oriente.

Em 430, o Papa São Celestino I, num concílio de Roma, examinou a doutrina de Nestório que lhe fora apresentada por São Cirilo e condenou-a anti-católica, herética.

São Cirilo formulou a condenação em doze proposições, chamadas os doze anátemas, em que resumia toda a doutrina católica a este respeito.

Pode-se resumi-la em três pontos:

Em Jesus Cristo, o Filho do homem não é pessoalmente distinto do Filho de Deus;
A Virgem Santíssima é verdadeiramente a Mãe de Deus, por ser a Mãe de Jesus Cristo, que é Deus;
Em virtude da união hipostática, há comunicações de idiomas, isto é; denominações, propriedades e ações das duas naturezas em Jesus Cristo, que podem ser atribuídas à sua pessoa, de modo que se pode dizer: Deus morreu por nós, Deus salvou o mundo, Deus ressuscitou.

Para exterminar completamente o erro, e restringir a unidade de doutrina ao mundo, o Papa resolveu reunir o Concílio de Éfeso (na Ásia Menor), em 431, convidando todos os bispos do mundo.

Perto de 200 bispos, vindos de todas as partes do orbe, reuniram-se em Éfeso. São Cirilo presidiu a assembleia em nome do Papa. Nestório recusou comparecer perante aos bispos unidos.

Desde a primeira sessão a heresia foi condenada. Sobre um trono, no centro da assembleia, os bispos colocaram o Santo Evangelho, para representar a assistência de Jesus Cristo, que prometera estar com a sua Igreja até a consumação dos séculos, espetáculo santo e imponente que desde então foi adotado em todos os concílios.

Os bispos cercando o Evangelho e o representante do Papa pronunciaram unânime e simultaneamente a definição proclamando que Maria é verdadeiramente Mãe de Deus. Nestório deixou de ser, desde então, bispo de Constantinopla.

Quando a multidão ansiosa que rodeava a Igreja de Santa Maria Maior, onde se reunia o concílio, soube da definição que proclamava Maria Mãe de Deus, num imenso brado ecoou a exclamação: “Viva Maria, Mãe de Deus! Foi vencido o inimigo da Virgem! Viva a grande, a augusta, a gloriosa Mãe de Deus!”

Em memória desta solene definição, o concílio juntou à saudação angélica estas palavras simples e expressivas: “Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte”.

Por Alessandro Lima
Fonte: www.veritatis.com.br

terça-feira, 28 de abril de 2015

Frases para refletir - 4

"Reclamar é um vício voluntário que faz morrer a caridade."

São Pio de Pietrelcina (1887 - 1968), sacerdote católico da Itália.


Indicação: O Pequeno Escritor

Indicação do conto O Pequeno Escritor, disponível em: http://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil/2013/12/06/o-pequeno-escritor/ (Felipe Moura Brasil)

Desligar a televisão e ler Shakespeare.
Saber tudo do mundo.
Poder errar e ter tempo para corrigir.
O acordar de um pequeno escritor.
Simplesmente excelente.

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Indicação: O Jesus Cristo Histórico

Indicação de texto disponível em: http://cleofas.com.br/o-jesus-cristo-historico/ (Prof. Felipe Aquino; Fonte: A Catholic Response Inc.)

Agradeço ao Prof. Felipe Aquino por gentilmente autorizar a divulgação de seus textos completos neste blog. Que Deus continue o abençoando hoje e sempre!


O JESUS CRISTO HISTÓRICO

No décimo quinto ano do reinado de Tibério César, sendo Pôncio Pilatos governador da Judeia, Herodes tetrarca da Galileia, seu irmão Filipe tetrarca da região da Ituréia e Traconites, e Lisânias tetrarca de Abilene…” (Lc 3,1)

Algumas pessoas afirmam que Jesus Cristo nunca existiu. Alegam que a vida de Jesus e os evangelhos são mitos criados pela Igreja. Essa lamentável afirmação se baseia, principalmente, na crença de que não existem registros históricos de Jesus.

Tal carência de registros seculares (isto é, não ligados à esfera religiosa) não deve surpreender os cristãos de hoje. Primeiro, porque apenas uma pequena fração dos registros escritos sobreviveram ao tempo (nada, nada, são 20 séculos!). Segundo, porque existiam poucos – se é que de fato realmente existiam – “jornalistas” na Palestina do tempo de Jesus. Terceiro, porque os romanos viam o povo judeu como apenas mais um dos grupos étnicos que precisavam tolerar; os romanos tinham pouquíssima consideração para com o povo judeu. Finalmente, porque os líderes judeus também ansiavam esquecer Jesus. Assim, os escritores seculares somente começaram a se referir sobre o Cristianismo quando este movimento religioso tornou-se popular e começou a incomodar o estilo de vida que tinham.

Ainda que os testemunhos seculares sobre Jesus sejam raros, existem alguns poucos que sobreviveram ao tempo e fazem referências a Ele. Não é de se surpreender que os registros não cristãos mais antigos tenham sido feitos por judeus. Flávio Josefo, que viveu até 98 dC, era um historiador judeu romanizado. Ele escreveu livros sobre a História dos Judeus para o povo romano. Em seu livro, “Antiguidades Judaicas”, ele faz algumas referências a Jesus. Em uma delas, ele escreve:

“Por esse tempo apareceu Jesus, um homem sábio, que praticou boas obras e cujas virtudes eram reconhecidas. Muitos judeus e pessoas de outras nações tornaram-se seus discípulos. Pilatos o condenou a ser crucificado e morto. Porém, aqueles que se tornaram seus discípulos pregaram sua doutrina. Eles afirmam que Jesus apareceu a eles três dias após a sua crucificação e que está vivo. Talvez ele fosse o Messias previsto pelos maravilhosos prognósticos dos profetas” (Josefo, “Antiguidades Judaicas” XVIII,3,2).

Muito embora diversas formas deste texto em particular tenham sobrevivido nestes vinte séculos, todas elas concordam com a versão citada acima. Tal versão é considerada a mais próxima do original – reduzindo as suspeitas de adulteração do texto por mãos cristãs. Em outros lugares de sua obra, Josefo também registra a execução de São João Batista (XVIII,5,2) e o martírio de São Tiago o Justo (XX,9,1), referindo-se a este como “o irmão de Jesus que era chamado Cristo”. Deve-se notar que o emprego do verbo “ser” no passado, na expressão “Jesus que ERA chamado Cristo” testemunha contra uma possível adulteração cristã já que um cristão certamente escreveria “Jesus que É chamado Cristo”.

Uma outra fonte judaica, o Talmude, faz algumas referência históricas a Jesus. De acordo com o Dicionário da American Heritage, o Talmude é “a coleção de antigos escritos rabínicos que consiste da Mishná e da Gemara, e que constitui a base da autoridade religiosa para o Judaísmo tradicional”. Ainda que não faça referência explícita ao nome de Jesus, os rabinos identificam a pessoa em questão com Jesus. Essas referências a Jesus não são simpáticas nem a Ele nem à sua Igreja. Esses escritos também foram preservados através dos séculos pelos judeus, de maneira que os cristão não podem ser acusados de terem adulterado o texto.

O Talmude registra os milagres de Jesus; não é feita nenhuma tentativa de negá-los, mas relaciona-os como frutos de artes mágicas do Egito. Também sua crucificação é datada como tendo “ocorrido na véspera da Festa da Páscoa”, em concordância com os evangelhos (Luc 22,1ss; Jo 19,31ss). Também de forma semelhante ao evangelho (Mat 27,51), o Talmude registra a ocorrência do terremoto e o véu do templo que se dividiu em dois durante a morte de Jesus. Josefo, em sua obra “A Guerra Judaica” também confirma esses eventos.

No início do séc. II, os romanos começaram a escrever sobre os cristãos e Jesus. Plínio o Moço, procônsul na Ásia Menor, em 111 dC escreveu em uma carta dirigida ao imperador Trajano:

“…[os cristãos] têm como hábito reunir-se em uma dia fixo, antes do nascer do sol, e dirigir palavras a Cristo como se este fosse um deus; eles mesmos fazem um juramento, de não cometer qualquer crime, nem cometer roubo ou saque, ou adultério, nem quebrar sua palavra, e nem negar um depósito quando exigido. Após fazerem isto, despedem-se e se encontram novamente para a refeição…” (Plínio, Epístola 97).

Uma atenção especial deve ser dada à frase “a Cristo como se este fosse um deus”; trata-se de um testemunho secular primitivo atestando a crença na divindade de Cristo (Jo 20,28; Fil 2,6). Também é interessante comparar esta passagem com At 20,7-11, que é uma narração bíblica sobre a primitiva celebração cristã do domingo.

Um outro historiador romano, Tácito, respeitado pelos modernos pesquisadores por causa de sua precisão histórica, escreveu em 115 dC sobre Cristo e sua Igreja:

“O fundador da seita foi Crestus, executado no tempo de Tibério pelo procurador Pôncio Pilatos. Essa superstição perniciosa, controlada por certo tempo, brotou novamente, não apenas em toda a Judeia… mas também em toda a cidade de Roma…” (Tácito, “Anais” XV,44).

Mesmo desprezando a fé cristã, Tácito tratou a execução de Cristo como fato histórico, fazendo relação com eventos e líderes romanos (cf. Luc 3,1ss).

Outros testemunhos seculares ao Jesus histórico incluem Suetônio em sua “Biografia de Cláudio”, Phlegan (que registrou o eclipse do sol durante a morte de Jesus) e até mesmo Celso, um filósofo pagão. Precisamos manter em mente que a maioria dessas fontes não eram apenas seculares mas também anti-cristãs. Esses autores seculares, inclusive os escritores judeus, não desejavam ou intencionavam promover o Cristianismo. Eles não tinham motivação alguma para distorcer seus registros em favor do Cristianismo. Plínio realmente punia os cristãos pela sua fé. Se Jesus fosse um simples mito ou sua execução uma mentira, Tácito teria relatado tal fato; certamente, ele não teria ligado a execução de Jesus com líderes romanos. Esses escritos, portanto, apresentam Jesus como um personagem real e histórico. Negar a confiabilidade dessas fontes que citam Jesus seria negar todo o resto da história antiga.

Não é intenção deste artigo provar que esses antigos escritos seculares testemunham que Jesus seja o Filho de Deus ou o Cristo. Porém, esses registros mostram que um homem virtuoso chamado Jesus viveu nesta Terra no início do séc. I dC e fundou um movimento religioso que perdura até os nossos dias. Esse Homem foi chamado de Cristo – o Messias. Os cristãos do primeiro século também O consideravam como Deus. Por fim, esses escritos suportam outros fatos encontrados na Bíblia a respeito da vida de Jesus. Logo, afirmar que Jesus nunca existiu e que sua vida é um mero mito compromete a confiabilidade de toda a história antiga.

Fonte: A Catholic Response Inc.

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Frases para refletir - 3

"Tudo é céu para mim, porque é vontade de meu Deus."

São Francisco de Assis (1182 - 1226), frade católico da Itália.

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Frases para refletir - 2

"O teu lugar no Céu parecerá como se ele tivesse sido feito para ti, só para ti, porque foste feito para ele."

Clive Staples Lewis (1898-1963, escritor inglês, autor das Crônicas de Nárnia)

Indicação: O Contador de Histórias

Indicação do texto O Contador de Histórias, disponível em: http://cargocollective.com/chicodosbonecos/O-CEU-A-TERRA-E-A-VIRGULA  (Chico dos Bonecos)

  Um excelente texto sobre a filosofia dos contos de fadas, a preciosidade da história da vida e o agradecimento ao Contador de Histórias.


Indicação: Fé - O que é isso?

Texto completo disponível em: http://cleofas.com.br/fe-o-que-e-isso/  (Prof. Felipe Aquino)


Indicação: O Verdadeiro amor promete o infinito

Texto completo disponível em: http://eventos.cancaonova.com/acampamento-revolucao-jesus/pregacoes/o-verdadeiro-amor-promete-o-infinito/  (Padre Paulo Ricardo - Transcrição e adaptação: Jakeline Megda D´Onofrio)

[...]
Homem nenhum e mulher nenhuma vão preencher o seu interior. Não é uma questão de prazer e de lazer. Estou lhe dizendo que fomos criados para o infinito, que é Deus.
“Criaste-nos para vós e o nosso coração está inquieto enquanto não repousar em vós” (Santo Agostinho). Nossa vida foi feita para Deus. E somente seremos plenamente felizes no céu. “O filho do homem não tem aonde reclinar a cabeça neste mundo a não ser no Senhor”. Veja o exemplo dos santos que sabiam disso e viveram uma vida realizada aqui na Terra.
Para que é que somos família? Porque a família é o lugar onde você pode amar a Deus mais concretamente aqui nesta Terra. Nenhum animal foi feito para amar. Se você acha que o animal foi feito para amar, você tem uma visão errada do amor. Amor é o derramamento até do sangue se for preciso. Amor é quando a pessoa não desiste de você. É essa aliança de sangue. Quer saber quem já amou você? Pense em um nome de uma pessoa que você tem certeza de que o amou. Já sei, esta pessoa sofreu por você. É óbvio. Se você sabe que essa pessoa o ama, sabe que ela sofreu por você. Nenhum animal é capaz de fazer isso. Ele é capaz de ser contrariado, mas não é capaz de se contrariar. O animal segue os instintos dele. Por exemplo: o animal quer comer e vê a bacia de comida, o problema é que há um leão a comendo. Se o leão rosnar o outro animal vai sair correndo, porque seu instinto de se alimentar não é tão forte como o de sobrevivência. Nenhum animal é capaz de se contrariar, portanto, não é capaz de amar, mas você o é. É algo sofrido, mas você vai até o fim, porque você tem alma e vai até o fim. Sofremos, mas ficamos felizes, porque vemos a felicidade da pessoa a quem amamos. Isso o ser humano é capaz, e o animal não.
Se você namora alguém porque o seu namoro é simplesmente para usar o (a) outro (a), e diz que o (a) ama, você não o (a) ama de verdade. 
[...]
Quando Deus fez a relação sexual, Ele a fez para gerar família. Qualquer biólogo e cientista enxergam a finalidade do nosso corpo. Se eu lhe der um sorvete você vai colocá-lo na orelha? Claro que não, porque o ouvido não foi feito para digerir alimentos. Qualquer pessoa que tenha inteligência enxerga a finalidade das coisas. O cachorro e a vaca não são capazes de enxergá-las [finalidade das coisas].
Quando Deus fez as minhas orelhas, Ele fez a concha acústica para frente para ouvir na mesma direção. Uma inteligência superior articulou tudo na mesma direção. Esta inteligência é Deus.
Como é possível a evolução? Não temos comprovação científica de que a evolução existiu. Temos hipóteses disso. Mas como é possível que dois animais tenham pensado em desenvolver órgãos sexuais que não tenham sentido? Alguém descobriu isso? E eu lhe pergunto como o órgão masculino e o feminino se encaixam um no outro de forma correta? Será que é coincidência?
Para alguém ser ateu ele precisa de muita fé, eu penso. Você acreditaria que um animal vai se desenvolver numa direção e que depois magicamente vão se encaixar. O sexo é inexplicável. O sexo é um milagre. Um dia você já se perguntou por que Deus o fez assim? Porque foi Deus quem o fez assim. O corpo humano tem sentidos em todas as partes. O olho tem sentido plenamente. Eu não preciso do seu olho para funcionar e assim ocorre com os outros órgãos. Tudo funciona perfeitamente sem precisar do outro. Só que acontece que, em mim, existe o órgão do aparelho masculino que não tem sentido nenhum se em algum lugar não existir o aparelho reprodutor feminino. O corpo do homem seria absurdo se não existisse o corpo da mulher e vice-versa. Isso é um dado biológico irrefutável. O sexo do homem só tem sentido, na realidade genital, se existir a mulher. Não quer dizer que você precise usá-lo, mas o sentido é esse. Fui eu que inventei isso? É a opressão da Igreja que diz isso? Não, isso é uma realidade. E os órgãos só existem para que existam famílias. Ninguém precisa levar o bezerro para a escola. Por que não existe escola de vaca? Porque a vaca não tem uma missão.
O ser humano tem uma finalidade. Eu nunca vi um bezerro pensando: “O que vou ser quando eu crescer?”. Porque o animal não tem uma missão. Nós somos uma missão, somos uma tarefa. Você sabe que pode passar por esta vida e não ser realizado infinitamente. A nossa finalidade é Deus. E se você é família é para Deus, se você está namorando, não pense somente no corpo, porque você deve se casar para construir uma família. “Eu procuro uma namorada bonita”. Olhe para a mãe dela e veja como ela vai ficar. Isso é óbvio. Um dia a mulher com quem você vai ter se deitado na sua cama não vai ser o desejo do seu consumo. As bonitas estarão lá na praia, lá fora. Ou você se apaixona pela alma dela ou você não vai amá-la. Escondendo o seu corpo é a única maneira de revelar a sua alma.
[...]
Porque quando você mostra o corpo, você esconde a alma. Quando você se veste de maneira sedutora você está construindo a sua casa na areia, porque o seu corpo um dia vai ficar feio. Faça com que o seu namorado se encante pela sua alma. Vista-se com elegância, não seja vulgar e nem brega. Deus fez as mulheres para que elas se vistam com elegância e sejam bonitas.
[...]
Namoro é um ensaio de família. A sua namorada será a futura mãe dos seus filhos. Viva a castidade para que, um dia, você possa dizer para os seus filhos: “O seu pai e a sua mãe viveram a castidade. Você também pode se segurar para vivê-la”.
[...]
Amor é vínculo. O casal acabou de se conhecer na balada e um olha para o outro e os dois começam a namorar. Isso ainda não é amor, é atração. Eu nunca vi um casal casado há cinquenta anos que um olhasse para o outro e o coração batesse como os dos jovens, mas o coração, sem bater, olha para o outro e percebe que o amor é tão grande, porque não é só química, mas há a decisão de se amarem. Amor não é uma emoção. Emoção passa. Se amor fosse emoção não existiria o para sempre. A minha emoção de ser padre passou, mas o meu amor não. Quantas vezes foi necessário dizer: “Eu não desisto da minha aliança e da minha vocação de ser padre. 
[...]
Viva esta aliança de sangue que diz: Eu não desisto de você!

Frases para refletir - 1

"Faz o que podes e reza pelo que não podes, para que Deus permita que o possas."

Santo Agostinho (354-430, bispo, escritor, teólogo, filósofo e Doutor da Igreja)

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Escolha definitiva

  “Não se deve ser radical”. A análise desta frase já indica que em algo é necessário ser radical. Mesmo que se busque seguir à risca a frase citada, já se estará sendo radical em segui-la. Portanto, mesmo que devamos buscar o equilíbrio em quase tudo, há algo no qual temos que fazer uma opção fora da linha mediana, fora do simples equilíbrio. Há algo no qual temos que nos lançar por inteiro, de forma total e completa, com todo o nosso ser. 
  Este “algo” chama-se Deus. 
  Que Ele nos dê o discernimento necessário para viver o equilíbrio em nossas vidas, porém sem medo da escolha definitiva pelo Amor.